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A SIC vai exibir um programa sobre os 10 anos de carreira de José Mourinho. O programa deverá chamar-se "José Mourinho, 10 anos de carreira" e a promo do programa já começou a passar na SIC.
A estação pública tem cerca de 50 páginas no Facebook, a SIC segue--lhe os passos com cerca de 20 e a TVI ronda as 15. Já nenhum canal quer ficar de fora desta rede social e apostam forte nesta ferramenta de marketing gratuita. "As redes sociais fazem uma aproximação fortíssima", alega Ricardo Tomé, responsável pela área de comunidades multiplataformas da RTP.
E embora não existam estudos que garantam que tipo de público fica mais curioso com a televisão após ter tomado contacto com o Facebook, a directora de Marketing da SIC, Vanessa Romeu, justifica que o importante é "criar afinidades com as marcas". Mas não só: "Há uma comunicação bidireccional directa, em que podemos ouvir as pessoas e elas podem deixar as suas opiniões."
A TVI, que chegou "há 18 meses à rede" com o canal noticioso TVI24, faz a mesma leitura e acredita que "o Facebook complementa a programação na medida em que permite a troca de ideias, opiniões sobre os mais variados conteúdos", refere Brigitte Loureiro, directora de Relações Públicas do canal.
Carnaxide despertou para as potencialidades das redes sociais ainda antes com o hi5. "Com a novela Rebelde Way, criámos uma página para chegar a públicos mais jovens", recorda Vanessa Romeu. E daí ao Facebook foi um salto impulsionado pelo talent show Ídolos. "Foi nessa altura que olhámos para a rede social de uma forma mais preparada e começámos a fazer um maior esforço de integração de todas as páginas", explica.
No caso da RTP, Ricardo Tomé e o seu departamento concentram a gestão de todas as plataformas, de todas as páginas e querem mostrar que o Facebook ainda pode dar mais. "Estamos a alargar a perspectiva e a criar conteúdos especificamente para os utilizadores dessa rede social. Deixamos dicas ecológicas específicas só para quem consulta a página de Desafio Verde e também estamos a criar conteúdo para a página da Operação Triunfo", afirma ao DN. No caso da SIC K, é através do botão "eu gosto" que todas as semanas o público vota qual a série que quer ver no canal infantil no fim-de-semana, e até já criaram um alter ego. "Temos o diabinho K que, de vez em quando, faz umas marotices aos utilizadores", enumera Vanessa Romeu. Brigitte Loureiro explica que a TVI utiliza esta rede social para "comunicar assuntos de última hora e para destaques de programação, novidades do Secret Story ou dos Morangos com Açúcar".
O público que se torna fã é tanto mais heterogéneo quanto o programa em causa. Há seguidores da Praça da Alegria, programa matinal da RTP, que já fizeram saber "que agora acompanham o programa com o computador ao lado", revela Ricardo Tomé. Vanessa Romeu, na SIC, teve uma experiência diferente. "A página do Companhia das Manhãs não resultou tão bem, mas o Capa de Revista está a resultar. O Boa Tarde já é diferente porque arrancou logo com essa dinâmica", sustenta.
Os responsáveis das estações salvaguardam, porém, que, de todos os velhinhos métodos de comunicação entre espectadores e canais, só as cartas perderam definitivamente clientela. "Não notamos diminuição de telefonemas e e-mails, mas o Facebook, além da interactividade com o público, permite ainda 'conversar' com outros espectadores sobre o mesmo assunto", explica Brigitte Loureiro. Eis uma opinião que a RTP e a SIC também partilham. Logo, todos eles "gostam disto".
DN