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Afinal, a vida da anfitriã de Querida Júlia não é só trabalho. Apesar da agenda apertada, a apresentadora da SIC consegue arranjar tempo para os mimos da família. "O meu marido é o meu pilar", confessa.
"Qual de rastos, qual exausta!", solta Júlia Pinheiro com aquela gargalhada que os espectadores bem conhecem. "Eu estou é cansada, mas não a morrer", diz à Notícias TV a directora de Conteúdos da SIC, que diariamente conduz o programa da manhã Querida Júlia e à tarde grava Peso Pesado, com estreia prevista para Maio. A rotina de dar a cara por dois programas em simultâneo já "não é notícia", defende a apresentadora que durante vários anos na TVI acumulou o formato da tarde com um reality show ao fim-de-semana. "Sinto-me cansada como qualquer mulher e mãe de família que se levanta de madrugada e se deita muito tarde. Mas estou óptima de saúde", garante à nossa revista.
De segunda a sexta-feira o despertador toca na casa de Júlia Pinheiro, em Lisboa, sempre à mesma hora. "Levanto-me às seis da manhã e só consigo deitar-me à meia-noite", conta. Despacha-se rapidamente e segue para a SIC, onde por volta das 7.00 começa a preparar-se para mais uma emissão de Querida Júlia.
Como o tempo não é muito, às vezes pede comida e almoça no seu gabinete em Carnaxide. "Mas nem sempre. Ainda na semana passada consegui ir almoçar com o meu marido", sublinha. E foi precisamente à saída desse almoço familiar que a NTV encontrou o casal. Júlia Pinheiro e Rui Pêgo escolheram para a refeição a dois o requintado Brasserie Flo, restaurante do Hotel Tivoli, na Avenida da Liberdade. Do qual, aliás, são frequentadores habituais. Muito elegante num vestido azul, Júlia sentou-se com o marido numa mesa junto à janela e estiveram ambos sempre à conversa, mesmo enquanto experimentavam as iguarias à disposição.
Já de estômago cheio e ainda acompanha do marido, a anfitriã de Querida Júlia aproveitou para descer a Av. da Liberdade.
"Depois do almoço andei às compras", confirma a apresentadora da SIC, que foi direitinha à conceituada loja Carolina Herrera, uma das suas marcas preferidas, como bem prova a mala que usava nesse dia e que era da conhecida marca de luxo. Depois de alguns minutos a escolher algumas peças de roupa, Júlia Pinheiro saiu da loja com um saco de compras. "O que é que eu comprei? Isso agora é cá comigo...", diz, mantendo o segredo sobre o conteúdo do saco e brincando com a incursão nas compras: "É porque tenho pouca roupa."
O mediático casal voltou a subir tranquilamente a avenida e Júlia mostrou-se sempre descontraída. De óculos escuros, quase conseguiu passar despercebida na movimentada artéria lisboeta. Um dos diálogos com o marido acabou interrompido pelo toque do telemóvel. Seria de onde é gravado Peso Pesado?
As gravações do reality show, que se iniciaram há três semanas, prolongam-se de segunda a sábado, durante a tarde. "Mesmo assim ainda temos tempo para namorar", garante a apresentadora. E dá exemplos de outros momentos a dois: "Ainda ontem [sexta] voltámos a sair para jantar fora e hoje [sábado] ele veio trazer-me a Alcácer."
Marido exemplar e mais atento às filhas
Júlia Pinheiro anda feliz da vida com as gravações de Peso Pesado. "Estão a correr para lá das minhas expectativas. São bons protagonistas com grandes histórias de vida e temos esta bela paisagem alentejana", atira. A voz da apresentadora da SIC denuncia o entusiasmo: "Estou apaixonadíssima!", exclama. E acrescenta: "É um formato diferente e tem ainda o lado da saúde. As pessoas têm de mudar os hábitos alimentares para não correrem risco de vida."
O novo reality show da SIC só não lhe deixa tempo para cumprir uma das tarefas diárias de que tanto gosta. "Tenho de dizer, agora não consigo fazer o jantar. É a empregada que o faz porque o meu marido também tem muito trabalho". Rui Pêgo tem também um cargo de enorme responsabilidade, pois é director-geral da RDP.
Apesar disso, tem sido ele quem mais se ocupa das filhas gémeas do casal, Carolina e Matilde, de 16 anos. "Tomo conta delas, mas o meu marido acaba por estar mais presente. Ele é o meu pilar. Durante o dia acompanha as suas movimentações, enquanto eu, à noite, tomo conta das ocorrências. É uma espécie de jornal doméstico", brinca.
Os fins-de-semana, esses, são quase sagrados. Os sábados de manhã são para descansar e nem sequer atende o telemóvel. "Não o desligo, mas tenho de o pôr no silêncio para não ser incomodada, caso contrário estou sempre a ser bombardeada", revela Júlia. Os domingos são dedicados à família e ao repouso: "Aproveito para ficar por casa de pijama e chinelos", diz.
Vestida para brilhar
Quando estava na TVI, nas galas de Uma Canção para Ti, Júlia Pinheiro vestia criações de conceituados estilistas e costureiros internacionais. Costumava, por isso, dizer que era tratada como uma "princesa" na estação de Queluz de Baixo. E na SIC também estará a ser mimada da mesma maneira? "Claro que sim. Desde que cheguei", assegura. E, a brincar, revela: "Às vezes têm de me coser o vestido porque tenho mais peito do que o espaço que me deixam..."
Em Peso Pesado, o visual da apresentadora é da responsabilidade de Luís Aparício. Segundo a assessoria de imprensa da Fremantle Media, a produtora do formato, Júlia irá também vestir marcas de luxo, caso de Carolina Herrera, de cujos modelos tanto gosta. Gucci, Boss e Escada são outras marcas que irá usar. Por exemplo, vestidos de noite nas galas de expulsão de concorrentes e roupa mais desportiva nos dias dedicados aos desafios.
Até Maio, data da estreia, a concorrência não lhe tira o sono. Isso no que respeita ao domingo à noite. Já a partir do próximo mês, Peso Pesado vai começar a disputar as audiências com Perdidos na Tribo - Famosos, o novo reality show da TVI. Um formato que Júlia bem conhece, uma vez que no ano passado chegou a pensar em tirá-lo da gaveta. "Acho muito bem que a concorrência se mexa. Defendo a concorrência na TV. Isso é saudável. Eles têm o seu formato, nós temos o nosso", defende.
Sem entrar em comparações a apresentadora puxa, no entanto, a brasa ao seu reality show. "O formato da SIC nunca foi feito em Portugal e será diferente de tudo o que as pessoas já viram. Por isso, não tenho dúvidas de que irá cativar o público", acredita.
Quanto ao Querida Júlia, a apresentadora não se mostra preocupada com os resultados, que a deixam ainda longe de Você na TV (TVI) e Praça da Alegria (RTP1). "Está a correr dentro das expectativas: As manhãs são uma maratona e não uma prova de velocidade. O caminho é longo e estamos num processo de melhoria do formato."
Após cerca de sete anos a investir numa carreira no Brasil, Ricardo Pereira conquistou uma das posições mais desejadas para um actor: a de protagonista numa novela de horário nobre na Globo. A Correio TV falou com o actor no Projac, no Rio de Janeiro, Brasil, onde decorrem as gravações de ‘Insensato Coração’, ainda sem data prevista para estrear em Portugal.
Como está a ser a experiência de fazer um vilão na novela da noite da Globo?
Está a ser óptima. Tenho tido a oportunidade de fazer personagens de carácter duvidoso no cinema, no teatro, tive a minha primeira experiência de vilão em TV com uma pequena participação em ‘Laços de Sangue'. Este, para mim, foi um presente. Primeiro porque é a minha primeira novela da noite no Brasil e é um privilégio estar junto de um grupo de actores tão importante, e depois porque as novelas da noite são diferentes, têm uma história mais densa, às vezes até mais próxima daquilo que realmente acontece no dia-a-dia, com temas mais empolgantes e abordados de forma mais adulta.
Que trabalho envolve?
Tenho feito um trabalho muito denso e profundo para esta novela, desde físico, desde treino com uma professora que me acompanha em todas as gravações. É um trabalho muito grande e diário com uma fonoaudióloga. ‘Obrigaram-me', e eu obriguei-me, a ver uma série de filmes como ‘O Advogado do Diabo', ‘O Padrinho', com personagens que começam bons mas depois a sociedade muda-os. Há um trabalho diferente para mostrar este personagem.
Tem acordo de exclusividade com a Globo?
Sim.
Há possibilidade de pedir a dupla nacionalidade para poder trabalhar cá?
Isso nunca foi impeditivo. Quem sabe não terei dupla nacionalidade por tudo o que o Brasil tem feito por mim e pela importância que tem na minha vida?! Pelo tempo, pelos bons momentos, pelas boas etapas profissionais que tenho passado aqui. Deixava-me bastante orgulhoso, porque a forma como me receberam tem sido muito importante para o meu bem-estar e para não sentir tantas saudades de casa. Porque o português vive com essa palavra, a saudade. O Brasil é muito Portugal e Portugal é muito Brasil, e se vier a dupla nacionalidade, será com todo o prazer. Obviamente que não esqueço a minha origem, é Portugal, sou um patriota muito presente, mas o Brasil também já é um bocadinho o meu país.
E podemos voltar a ver o Ricardo este ano numa produção nacional?
Este ano numa produção nacional acho que não.
Nem com a ligação forte que existe agora entre a Globo e a SIC?
Não na próxima produção, embora ‘Laços de Sangue' tenha sido prolongada para 300 episódios. Este ano vou dar continuidade ao meu trabalho aqui no Brasil e virá outra produção na TV Globo. Mas quem sabe para o ano, com esta cooperação entre Globo e SIC?! Talvez no cinema vá lá fazer algum trabalho este ano.
Foi uma decisão consciente construir uma carreira cá e não tanto em Portugal?
Não, tenho um passado de vários anos como protagonista de telenovelas em Portugal, tive tudo o que tinha que ter em Portugal, e continuo a ter. Este ano fiz o filme de Raul Ruiz ‘Os Mistérios de Lisboa' e que foi um sucesso estrondoso no Mundo inteiro. Mas a oportunidade de trabalhar fora é sempre aliciante para qualquer profissional, é o mesmo para um jogador de futebol. Obviamente que ele gosta de jogar no seu país, mas a dimensão que lhe dá trabalhar no estrangeiro é muito maior. Nós procuramos evoluir para trabalhar com outros autores, realizadores, outras cabeças. Agora, nunca renego o trabalho no meu país, gosto de lá trabalhar e vou continuar em televisão, cinema, séries... Mas a Globo é a quarta maior televisão do Mundo, é muito bom para mim trabalhar para este universo de pessoas. Assistem 90 milhões de pessoas à novela da noite, é aliciante para um actor trabalhar assim e ter experiências fora do nosso País.
Mas pondera regressar?
Um dia, mais tarde, poderei regressar definitivamente ao nosso País, de momento estou aqui, é a minha base. Vou muitas vezes ao longo do ano a Portugal, mas parto daqui. Só mudou isso. Continuo a colaborar com a SIC, no programa da Sofia Cerveira [‘Episódio Especial'], mas pertencer a um conjunto de actores e a esta casa é um convite irrecusável. É algo que vou guardar para a vida e é experiência que estou a adquirir para mais tarde, até mesmo noutros trabalhos, seja em Portugal ou noutro lugar no Mundo. Mas vir para aqui não significou um corte com Portugal.
É ter o melhor dos dois mundos?
Sim, e a oportunidade de trabalhar no estrangeiro é um desafio muito grande, embora continue a dizer que ainda me falta fazer muita coisa em Portugal, como trabalhar com directores de teatro como o Luís Miguel Cintra, o Silva Melo, o João Lourenço, realizadores novos de cinema com quem ainda não trabalhei, há muita coisa. Mas vou lá, estive a apresentar a Gala de Natal com a Bárbara [Guimarães], vêm aí os Globos, há tanta coisa para fazer, sei lá...
CARREIRA NÃO O AFASTOU DO PAÍS
Nascido em Lisboa, o actor de 31 anos foi o primeiro português a protagonizar uma novela da Rede Globo, ‘Como Uma Onda', em 2004. Desde então já integrou o elenco de várias produções brasileiras e pelo caminho tem um percurso marcado por participações em teatro, cinema e televisão, nas três estações nacionais. É casado desde 2010 e fixou residência no Brasil, mas mantém-se atento à actualidade nacional. "A explosão de notícias sobre a crise não é boa para Portugal", considera.