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Mais actores, muitos exteriores e novos acontecimentos prolongam acção de ‘Laços de Sangue’ até aos 300 capítulos.
"Vamos prolongar ‘Laços de Sangue' porque o público o pede. Estamos muito orgulhosos por os telespectadores terem percebido a diferença do bem fazer presente neste trabalho, a sua pujança narrativa e a tridimensionalidade da história", afirmou à Correio TV Jorge Marecos, responsável da SP Televisão, no dia em que o projecto emitia na SIC o seu ducentésimo episódio.
Apostados em chegar a cada vez mais públicos, Guilherme Bokel, produtor da Globo, parceiro da SIC em ‘Laços de Sangue', promete novas emoções: "Como o desfecho da novela vai acontecer no Verão, vamos ter muitos exteriores e o colorido e a frescura próprios da época". Luís Marques, director-geral da SIC, enaltece a ligação à Globo e anuncia que, "em breve, esta parceria será alargada a outra novela". "A dificuldade inicial foi fazer as novelas e encadeá-las. Mas hoje este produto é um marco na nossa grelha. As audiências são um sucesso e um marco para o futuro", afirma o director-geral da SIC.
‘Laços de Sangue', que estreou em Setembro de 2010, resulta de uma ideia original de Pedro Lopes e teve a supervisão do autor brasileiro Aguinaldo Silva. Apostados em melhorar o êxito já obtido pela novela, o enredo está a incluir novas personagens e novas histórias. Inês Castel-Branco, Nuno Janeiro, Rui Porto Nunes, Joana Barradas, Sara Barros Leitão, Rui Melo e Cândido Ferreira são alguns dos actores que vieram dar uma nova dinâmica à história protagonizada por Joana Santos, Diana Chaves e Diogo Morgado. Até Paula Bobone tem uma participação especial em ‘Laços de Sangue' para dar aulas de etiqueta a Armando, personagem interpretada por João Ricardo.
Inês Castel-Branco, que foi mãe há poucos meses, diz que estava ansiosa por começar a trabalhar na SIC, "estação que faz ficção de qualidade". No papel de Mónica, ex-mulher de Daniel (Gonçalo Waddington), a actriz surge na trama para abalar a relação do ex-marido com Rita (Joana Seixas) e vai tentar resgatar os filhos que abandonou.
Credibilidade e profissionalismo são a imagem de marca das jornalistas que conduzem o espaço da entrevista na RTP, SIC e TVI. Uma realidade que já é tradição na televisão em Portugal.
Nas redacções, nos principais blocos informativos e na condução das grandes-entrevistas, a presença feminina impõe-se cada vez mais. Fátima Campos Ferreira, na RTP 1, Clara de Sousa, na SIC, e Judite de Sousa, na TVI, são a prova de como as mulheres estão a dominar o espaço mediático das televisões. A actualidade política, com os especiais informativos dedicados às eleições legislativas, comprovam o peso que as mulheres têm na televisão nacional.
À Correio TV, todas as protagonistas rejeitam que o género tenha influenciado esta realidade. Apesar disso, a verdade é que estas três jornalistas são os rostos escolhidos pelos canais para a maioria das grandes-entrevistas. Se Clara de Sousa e Judite de Sousa lideraram os debates entre os líderes parlamentares, Fátima Campos Ferreira foi responsável por um ciclo de dez entrevistas a personalidades como Mário Soares, Jorge Sampaio, Ramalho Eanes, Ricardo Salgado e Belmiro de Azevedo.
Ainda nesta semana, por exemplo, entrevistou Jorge Nuno Pinto da Costa, presidente do FC Porto. Judite de Sousa, que recusou falar com a Correio TV, tal como José Alberto Carvalho, director de Informação da TVI, assim que chegou a Queluz arrancou com uma ronda de entrevistas aos principais banqueiros nacionais, precisamente na semana em que Portugal acabou por pedir ajuda externa.
Fátima Campos Ferreira diz à Correio TV que a escolha de mulheres para liderar os espaços que têm pautado as grelhas televisivas e captado a atenção da opinião pública nas últimas semanas se prende apenas com “profissionalismo“ e “credibilidade”. A jornalista da RTP, que conduz ‘Prós e Contras’ há vários anos, vai mais longe e explica que as mulheres estão “fortemente representadas” em todas as áreas da informação televisiva, com “um conjunto sólido de rostos femininos dispersos nos vários canais”.
Clara de Sousa corrobora a opinião da colega. “Há vários anos que as mulheres se assumiram na condução de noticiários e debates”, realça. Para a pivô da SIC, responsável por moderar os debates entre os líderes partidários em Carnaxide e pelas grandes-entrevistas da estação, a cobertura do actual período eleitoral não tem uma presença feminina mais forte do que os anteriores. E aponta o exemplo do jornalista Vítor Gonçalves, na RTP, escolhido para substituir uma posição anteriormente ocupada por Judite de Sousa, agora na TVI. Se as mulheres estão hoje em destaque na informação nacional, “tem tudo a ver com competência, especialização e porque trabalharam para lá chegar”, realça Clara de Sousa.
Para o director de Informação da SIC, o arranque das estações privadas, que já mostravam uma aposta clara nas jornalistas para serem o rosto dos principais noticiários, pode ajudar a explicar o fenómeno. “O aumento do número de pivôs femininos é uma tendência que se acentuou com a abertura dos canais privados, porque com apenas um canal, a RTP, havia necessidade de menos pivôs”, aponta Alcides Vieira.
Mas este responsável também não acredita que haja diferenças no trabalho desenvolvido entre eles e elas: “O pivô feminino tem características próprias de imagem e de voz, mas um bom pivô distingue-se pela vertente técnica e não por ser homem ou mulher”.
Essa é, também, a posição defendida pelo director de Informação da RTP. “Não há nenhuma diferença entre um homem e uma mulher”, diz Nuno Santos. Elas “estão cada vez mais presentes nas redacções e são excelentes do ponto de vista profissional”, sustenta. Mas “o fenómeno não começa aqui”, sublinha. “Vale a pena ter memória, porque muitos dos debates mais célebres da televisão portuguesa foram conduzidos pela Maria Elisa e a Margarida Marante”, recorda. Para o director, o debate sobre a predominância feminina nos espaços nobres da Informação “resume-se ao domínio da curiosidade”.
Se as chefias rejeitam diferenças tendo em conta o sexo dos profissionais, estão também contra a ideia de que os entrevistados possam utilizar este factor quando se preparam para um frente-a-frente televisivo. “Não me parece que haja uma postura de tolerância, da parte dos entrevistados, a uma entrevistadora”, diz o director de Informação da SIC. E exemplifica: “A Clara de Sousa, a nossa principal pivô, é uma excelente profissional, e os entrevistados preparam-se de igual forma para um trabalho com ela ou qualquer outro jornalista”.
Alcides Vieira vinca que “há entrevistadoras muito mais duras e difíceis para os entrevistados”. A existirem diferenças, refere o director de Informação da SIC, “são próprias de cada profissional”. “Cada pivô tem as suas características, a sua maneira de fazer perguntas, interpretar respostas, e a agilidade mental para colocar novas questões”, diz, acrescentando que “não é por ser uma mulher que a entrevistadora é mais branda ou o entrevistado mais tolerante”.
A jornalista de Carnaxide partilha a opinião do seu director. “Não há absolutamente diferença nenhuma de tratamento da parte dos entrevistados”, diz Clara de Sousa. E, avisa, “se tiverem essa tentação, depressa perdem a vontade, porque já ninguém pensa hoje em género. Não é por ser mulher que a entrevista vai ser mais fácil ou difícil”, adverte.
No entanto, Fátima Campos Ferreira admite que, “depois da credibilidade e profissionalismo, a sedução é um factor no jogo televisivo, que poderá ter na entrevista o seu ponto mais alto”. E reconhece que, neste jogo, “talvez o entrevistado acabe por dizer o que não tinha equacionado” perante uma mulher.
Mas, apesar da crescente presença feminina nas redacções, que todos reconhecem, e dos numerosos casos de sucesso profissional entre elas, onde se contam ainda, por exemplo, Sandra Sousa, no ‘Corredor do Poder’, na RTP1, e de Ana Lourenço, na SIC Notícias, as mulheres continuam afastadas dos cargos de direcção nas estações televisivas.
“Elas não estão lá, de facto, mas estão muito presentes nas coordenações. Não são líderes mas são fazedoras”, diz Fátima Campos Ferreira. “Os homens interessam-se mais pelo poder dominante. Mas creio que isto é ainda uma fase, e um dia as mulheres lá chegarão”, acredita a jornalista.
Para o director de Informação da RTP, “não há teorias filosóficas nem conspirativas para justificar o afastamento das mulheres dos cargos de poder”. Mas Nuno Santos reconhece que, “pela nossa estrutura sociológica, elas podem fazer outras opções e ser prejudicadas por isso a nível profissional”.
Presença habitual no mundo da política e da televisão, a realidade não surpreende Marcelo Rebelo de Sousa. “Desde há algum tempo que as mulheres se especializaram em entrevistas”, diz o comentador político. O professor aponta mulheres como Judite de Sousa, Manuela Moura Guedes ou Constança Cunha e Sá, que ocuparam cargos de direcção. “Mas ainda estamos longe da realidade dos países nórdicos. Não será este o preço a pagar por vivermos numa sociedade dominada pelos homens, sobretudo na política e na Comunicação Social?”, questiona o ex-líder do PSD.
Mas, entende Marcelo Rebelo de Sousa, na televisão, “meio tradicionalmente mais ingrato para a mulher quando envelhece”, a realidade pode mudar. E “será possível ver pivôs e entrevistadoras com mais de 55 anos a competirem com homens e a assumir cargos de direcção”.
Dentro de cinco a dez anos e passada a crise, “será mais fácil fazer vingar regras e práticas que permitam às mulheres maior proximidade de igualdade de condições de trabalho, em geral, e nos sectores mais reservados aos homens em particular”, defende o professor Marcelo, que tem uma opinião convicta: “Presentemente, os melhores entrevistadores são mulheres. Pura e simplesmente”.
A SIC avançou ontem com um novo plano de reestruturação interna, que o Correio da Manhã teve acesso, em que propõe rescisão de contratos de trabalho por mútuo acordo com os trabalhadores, à semelhança do que já tinha feito em 2008.
Num comunicado emitido aos funcionários, a Comissão Executiva do canal de Carnaxide escreve que decidiu lançar um novo ‘Programa de Rescisão Amigável’, tendo em conta "a necessidade de a SIC efectuar um controlo continuado e rigoroso dos seus custos, especialmente considerando a actual preocupante crise económica."
O plano propõe aos interessados rescindirem o contrato em troca de um "valor bruto igual a 1,25 vezes o valor médio da retribuição certa mensal, auferida nos últimos 12 meses, por cada ano de antiguidade". O programa é aberto aos "trabalhadores com idade até 62 anos [inclusive], com contrato sem termo celebrado com as empresas SIC e GMTS há mais de 12 meses". Não é aplicável a quem está em "situação de requisição, ausência prolongada ou com processos disciplinares em curso".
O período de apresentação de pedidos de adesão termina já a 17 de Junho. No comunicado lê-se ainda que "em função do desfecho deste processo, a Comissão Executiva poderá implementar, ou não, outras medidas no âmbito da reestruturação relacionada com a área dos recursos humanos, eventualmente recorrendo a soluções previstas nas anunciadas alterações da legislação laboral".
Recorde-se que, no programa de 2008, cerca de 50 funcionários rescindiram contrato com a estação.
Desta vez, a reestruturação surge pouco após a assinatura de mais de dez contratos de exclusividade. Além de Gabriela Sobral e Júlia Pinheiro, já assinaram pela SIC actores como Helena Laureano, Rogério Samora e Joana Santos, entre outros.
Contactado pelo CM, Luís Marques, director-geral da SIC, não quis fazer comentários.
A Gala de entrega dos Globos de Ouro é já no próximo domingo e desta vez os momentos humorísticos vão ser assegurados pelo casal mas divertido do canal 'Os Coutinho'. Assim, Armando e Gi Coutinho interpretados por Custódia Galego e João Ricardo saltam directamente da novela 'Laços de Sangue' para abrilhantarem a Gala de entrega dos prémios mais aguardados da televisão. Bárbara Guimarães será a apresentadora.